Hoje foi o terceiro
encontro do grupo de apoio e já sinto que vou ficar com saudades do
pessoal. A “faladeira” da reunião passada tava quietinha, então
as coisas fluíram mais!
A primeira atividade
foi desenhar como nós víamos o ambiente familiar com a chegada da
nova criança. Além de brincar de ser criança às quartas feiras no
meu trabalho, tive que brincar no grupo de apoio. Para mim foi
difícil desenhar o que estava na minha cabeça e tem passeado pelo
meu coração nos últimos tempos. No final, desenhei eu e uma
menininha de malas prontas para visitar avó, tio e tia.
Depois de desenhar,
tivemos que mostrar para o grupo e explicar o que desenhamos. Saíram
revelações interessantes e animadoras! O casal que foi lá só para
regularizar a situação de paternidade de fato já está pensando em
adotar um menininho e o casal em que ela é advogada e ele policial
já não faz tanta questão de menino tão pequenininho e já aceita
até adotar irmãos. Tão lindo isso!!
A atividade seguinte
foi escrever uma carta para ser lida pelo(a) filho(a) no futuro. As
orientadoras até saíram da sala para deixar a gente livre, só que
não foi um momento de tanta emoção como elas pensaram – só a
“faladeira” chorou – e nós ficamos conversando esperando elas
voltarem.
No final, eu falei que
sentia falta de não ter o contato deles fora dali, que queria, de
vez em quando, mandar coisas que eu lia e não tinha como. Passamos
nossos e-mails e B. ficou de repassar para todo mundo!
Diferente das outras
vezes, não saí de lá saltitante. Não que hoje tenha sido pior,
mas é que estou com uns sentimentos confusos – nada a ver com a
adoção, são sentimentos sobre a minha vontade, minha forma de me
ver e ver o mundo – e isso não está me permitindo ser uma pessoa
muito alegre nos últimos dias.
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